Amor

Amor

01 maio 2012

"Eu tô tão cansaao de toda essa gente, meu amor'

… Às vezes minha vontade é mergulhar numa xícara repleta de você, ou de mim, talvez. Sabe, eu passei a sentir um desprezo enorme por toda essa gente oca, que sente pela metade. Eu tô enjoado desse pessoal que não me entende, que não nos entende… eu tô criando uma espécie de ódio mortal dessa gente que tenta nos desvendar, mas, não é quase impossível? Essas tentativas frustradas de descrever cada linha da nossa história tão me saindo como um chute no estômago. Você sabe como ninguém que eu nunca gostei que me definissem e tampouco tentassem entender, nem que ao menos uma vez, esse sentimento todo que habita aqui dentro de mim. Porque eu cheguei a conclusão de que sou mais sentimento que carne e osso; sou quase um mar, uma imensidão de porcarias, de amores passados e lembranças que me torturam. Aqui dentro cabe tanta coisa, e… não para de brotar novas flores e espinhos. Cada dia percebo um troço novo mexendo comigo. E olha, se você quer saber, eu duvido que haja alguém nesse mundo capaz de se encontrar nessa minha imensidão. Todo mundo que vem aqui se perde, desiste, vai embora. As poucas pessoas que tiveram coragem de dar um mergulhinho nesse meu oceano afundaram, se afogaram. Eu só tô dizendo que eu não quero mais saber de gente meio humana, esse negócio todo de meio, de quase, de um pouco, não, não dá mais, não quero nem perto. Eu quero quem me mostre um pouquinho de imensidão, e até hoje, meu amor, você foi a única. Porque, de todas as flores que experimentei, o teu aroma foi o que me tonteou, que me derreteu, que me tirou a respiração. Acho que isso é imensidão, entende? Transformar olhares, palavras e sorrisos em sentimentos gigantescos. E acho que a vida é isso, ou pelo menos deveria ser. Olhar prum olhar e sentir a brisa que vem do mar não devia ser maluquice, mas… ninguém me entende mesmo, ninguém nós entende. Vai entender… não é, meu amor?"

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